Dotinho Posted May 11, 2009 at 04:38 PM Report #263054 Posted May 11, 2009 at 04:38 PM Boas, tenho uma máquina de dobrar tubo, e para isso uso uma caixa redutora, um encoder um motor e um variador.. e para parar o motor uso injecção de corrente DC, para travar o motor.. só que após o cpu desligar o enable, o variados demora um bocadinho a ligar a injecção de corrente DC, já dei muitas voltas pela configuraçã, e não consigo encontrar nada para corrigir isso.. Alguma sugestão? Luis Lourenço
nokPT Posted May 11, 2009 at 09:36 PM Report #263187 Posted May 11, 2009 at 09:36 PM Já não uso Omron há muito tempo e as poucas vezes que injectei DC foi com variadores Siemens. Ao dizeres RV, imagino que estejas a falar de um F7. Como não deste os parametros, imagino que tenhas B1-03=2 (DC Braking to Stop). No manual, diz que entre a ordem de paragem e a injecção de DC, há um tempo de espera (L2-03) que deverá ser 0,1 segundos. Não sei se consegues reduzir este tempo, porque parece-me ser uma protecção do variador. Eventualmente tens a hipótese de programar uma das entradas H1-xx para 60 e quando activas mandar injectar DC, se não tiverem a ordem de RUN. Cuidado para não injectares tempo de mais porque aquece o motor. Ricardo Timóteo
Clairvoyant Posted May 11, 2009 at 10:14 PM Report #263207 Posted May 11, 2009 at 10:14 PM Aproveitando a boleia deste tópico, o travão eléctrico é um assunto que me interessa à bastante tempo, mas pelo que li, pode ser perigoso para os motores já que as correntes induzidas nos enrolamentos do motor podem danificá-los através da dissipação por efeito de joule. Alguém me corrija se estiver errado por favor, estou a tentar aprofundar os meus conhecimentos e a corrigir eventuais erros. A minha pergunta é: existe algum processo expedito para determinar até que ponto se pode exigir de um motor em travagem? A ideia é saber como implementar um travão não excedendo um limite máximo de corrente e de tempo em que a corrente é aplicada, sem danificar o motor.
nokPT Posted May 11, 2009 at 10:42 PM Report #263217 Posted May 11, 2009 at 10:42 PM A injecção DC é muito mais perigosa para a mecânica da máquina, do que para o motor em termos eléctricos. Do ponto de vista eléctrico, pegamos na energia gerada pelo motor e devolvemos, ao motor em corrente DC criando um polo fixo. Em termos de protecção do motor, a injecção DC está limitada pelo próprio variador, ele (em princípio) não permite injectar mais corrente do que a permitida pelo motor (corrente nominal do motor). O problema de aquecimento do motor, depende de aplicação para aplicação, depende basicamente do duty-cycle, se estivermos contantemente a injectar DC então é recomendado montar um ventilador auxiliar, da mesma maneira que se o motor funcionar muito tempo a baixo do 20-25Hz também se deve montar um ventilador auxiliar. A corrente que injectarmos é controlada e programada no variador (por norma vem regulada a 50% da nominal) para adaptarmos há necessidade da aplicação. Em questões de violencia mecânica, já fiz um motor saltar quando injectei DC (o motor estava mal preso). Ricardo Timóteo
Dotinho Posted May 12, 2009 at 09:19 AM Author Report #263262 Posted May 12, 2009 at 09:19 AM sim sim, tens razão nisso tudo, é assim qando a maquina acaba o angulo de curvatra, deve segurar o motor se nao com a força do tubo, ela volta para traz, então injecto 45% durante 4seg para segurar o tubo e a curva ficar mais perfeita. Este nunca saltou, tem tempos de ciclo de 5min.. Luis Lourenço
koizo Posted June 1, 2009 at 10:32 PM Report #269137 Posted June 1, 2009 at 10:32 PM não esqueçer a resistencia de frenagem!!! muito importante nesta aplicação.
nokPT Posted June 1, 2009 at 11:12 PM Report #269149 Posted June 1, 2009 at 11:12 PM Não concordo, a resistência de frenagem é importante quando não temos onde meter a energia gerada pelo motor (e queremos travar depressa sem esturricar o equipamento) Nesta aplicação, a energia é devolvida ao próprio motor, pelo que a resistência de frenagem não me parece necessária. Ricardo Timóteo
Dotinho Posted June 2, 2009 at 10:23 AM Author Report #269209 Posted June 2, 2009 at 10:23 AM hm que querem dizer que é a resistencia de frenagem? Luis Lourenço
nokPT Posted June 2, 2009 at 01:28 PM Report #269273 Posted June 2, 2009 at 01:28 PM Os motores têm 2 modos de funcionamento: * Motor - Quando estamos a traccionar a carga * Gerador - Quando a carga está a traccionar o motor, por exemplo nas desacelerações do motor ou no movimento de descida da carga numa grua Quando o motor está a funcionar como gerador, o variador recebe energia tanto da rele eléctrica como do motor e a tensão no barramento DC aumenta. Há vários métodos que se pode usar para a tensão do barramento DC não se elevar a cima dos níveis máximos: - Aumentar o tempo de paragem -> Quanto mais tempo levar a parar, menor energia gera. Este método é eficaz e do ponto de vista de investimento inicial não tem custos. - Resistência de frenagem -> É um método amplamente usado quando não é possível aumentar o tempo de paragem (por questões de produção, processo ou segurança) e consiste em montar uma resistência de frenagem (e respectivo chopper se o variado não estiver já equipado com um) a ideia é pegar na energia extra que o variador está a receber a partir do motor e dissipa-la/transforma-la numa resistência. Com este método consegue reduzir consideravelmente o tempo de paragem. O custo do investimento inicial é maior e do ponto de vista de eficiência energética é uma má opção, estamos a desperdiçar energia a aquecer o meio ambiente. - Frenagem DC ou Compound -> Basicamente devolvemos ao motor a energia que ele está a geral, criando assim um polo fixo. Usando este método conseguimos reduzir ainda mais o tempo de paragem, mas são necessários alguns cuidados, tal como já foi descrito neste tópico. O custo de investimento inicial também é nulo. - Ligação entre barramentos DC -> A ideia é ligar os vários barramentos DC dos variadores no mesmo barramento, assim quando um motor estiver a gerar energia, esta pode ser aproveitada pelos outros em vez de a ir buscar à rede eléctrica. Este método tem algumas limitações, tem que haver mais que 1 variador de velocidade (naturalmente), o funcionamento dos motores tem que estar desfasado, todos os variadores têm que ter a mesma tensão de barramento DC, são necessárias montar protecção suplementares (fusiveis ultra-rápidos para semi-condutores) nas protecções do barramento DC de cada variador. Tem um custo considerável, mas até pouco tempo era inferior à montagem de módulos de regeneração. - Regeneração de energia -> Devolvemos à rede a energia gerada pelo motor. Os variadores com esta possibilidade têm por norma um custo superior ou um módulo opcional para regeneração, pelo que o investimento inicial é superior, mas tende a ser igual com a massificação e com as exigências de eficiência energética que estão/vão ser implementadas. Ricardo Timóteo
Dotinho Posted June 2, 2009 at 01:45 PM Author Report #269282 Posted June 2, 2009 at 01:45 PM sim, ja entendi... obrigado pela explicação, foi muito clara, eu é que não entendi a frenagem, não me lembrei de relacionar frenagem com travão..até costumo instalar resistencia de travao em alguns variadores que monto.. Obrigado pela explicação. cmps Luis Lourenço
koizo Posted June 7, 2009 at 10:18 PM Report #270598 Posted June 7, 2009 at 10:18 PM este quipamento parece-me que tem que ter alguma fiabilidade. já ha alguns anos que monto OMRON e gosto, mas deixa-me dar-te um conselho para esta aplicação. Para aplicações de travagem com precisão usa motores com electro-freio SEW e variadores SEW que tem controlo individual sobre o travao. instalador e cliente satisfeitos......
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