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Uma das questões que vários estudantes colocam, é sobre qual PLC escolher para uma aplicação em causa. Existem vários aspectos a observar, eu gostaria que alguém com práctica nisto corrigisse/completasse o meu raciocínio:

1 - Verificar quantos IO's digitais e analógicos são necessários.

2 - Calcular uma reserva de pelo menos mais 15% do nº de IO's para futura expansão, excepto se  tiver a ceteza de que é uma aplicação fechada que não sofrerá alterações (penso que será discutivel).

3 - Escolher o protocolo de comunicação que será utilizado, caso o PLC tenha de comunicar com outros equipamentos.

4 - Com base nos dados obtidos, seleccionar a solução que melhor se adapta, e ao menor custo possível.

Eu próprio duvido que não exista mais algum detalhe que possa ter deixado escapar.

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Há mais alguns pormenores:

Podes juntar o ponto 1 e o 3 no ponto 1, efectivamente ver as necessidades físicas da aplicação é o ponto de partida

Depois tens que ver as necessidades de memória da aplicação, quer em termos de programa (estimando) quer em termos de de armazenamento de dados, as memórias dos autómatos são muito pequenas, alguns kb.

Também tens que ver se o autómato tem temporizadores, contadores, RTC, processador matemático, etc... e se vais necessitar.

Relativamente há reserva, há que ter algum cuidado para não duplicares. Por norma deves dimensionar o autómato para os pontos de controlo necessários, porque por exemplo na gama média por norma usam-se cartas de 32 entradas ou 32 saídas, se necessitas de 33 entradas, já tens uma reserva brutal (quase 100%). Ou seja, a reserva só deve ser considerada com a configuração perto de pronta.

Ao seleccionares o autómato tens que ter cuidado com outras questões:

* cada CPU só permite controlar X nº de expansões ou Y º de pontos (4 ou 7 ou 32 ou ... expanções) tens que ver nas características do CPU

* há CPU que permitem controlar mais expansões usando módulos de interface, por exemplo na gama média média (não na média baixa que só dá 8 expansões) da Siemens, podes montar conjunto de 8 expanções até o máximo 32 usando umas peças que se chamam IM (interface module)

* há CPU que permitem controlar ainda mais expansões através de redes de comunicação

* na comparação de preços tens de confirmar que não faltam peças, é muito comum na gama média e alta da Siemens as pessoas não considerar a rack, memória e fichas de ligação dos fios (só para teres uma ideia cada ficha custa aprox. 50€, se tiveres que montar 8, perdes 200€)

* também tens que ter em atenção as especificações do cliente, relativamente há marca e ao modelo do autómato.

* e claro não esquecer que tens que programar e comunicar com ele, ou seja tens que ter o programa (legal) e cabo de comunicação, na Siemens o programa pode não custar entre 0€ e ultrapassar os 1000€ e o cabo de comunicação pode custar entre 120€ e ultrapassar os 400€

* outra coisa que tens que ter em mente é o suporte técnico que tens disponível, há no mercado autómatos que custam menos de metade da Siemens ou AB, mas até te são o software e tudo e mais alguma coisa, mas depois morreu.

Há alternativas "equivalentes" à Siemens, estou apenas a dar a Siemens como referência (em questões de preços e configurações) porque são os que tenho de memória de conheço melhor.

Ricardo Timóteo

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sempre temos a VIPA, concorrente directa da siemens.. tem tudo igual, até as cartas tem as mesmas referenias.

Eu proprio ja trabalhei com alguns, desenvolvem mais, e sao mais precisos alem de ter mais memoria, mas á sempre um senao: em relação a ruidos da rede e trovoadas eles nao se aguentam muito bem, enquanto os da siemens são mais fortes nesses aspectos.

Luis Lourenço

  • 5 months later...
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sempre temos a VIPA, concorrente directa da siemens.. tem tudo igual, até as cartas tem as mesmas referenias.

Eu proprio ja trabalhei com alguns, desenvolvem mais, e sao mais precisos alem de ter mais memoria, mas á sempre um senao: em relação a ruidos da rede e trovoadas eles nao se aguentam muito bem, enquanto os da siemens são mais fortes nesses aspectos.

Não são iguais .....

LOL 

São copias de qualidade inferior .  Ja vi VIPA em que se utiliza o STEP 5 para os programar e quando lhe ligamos o STEP5 ele reconhece como sendo um CPU da siemens .

O problema destas marcas e que são pouco inovadores e vivem sempre a margem dos outros fabricantes ....

  • 1 month later...
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Realmente não são de todo iguais.

Conheço alguns integradores que foram enganados pelo preço da Vipa e infelizmente, tiveram tantos problemas que se arrependeram amargamente.

Entradas analógicas oscilam sem motivo aparente, parecem antenas que apanham todo o ruído circundante.

Sem sombra de duvida que SIEMENS é de longe muito superior e "free of bugs".

VIPA é severamente mau e eles sabem disso por isso os vendem tão baratos. Quem não quiser surpresas, não os utilize.

  • 2 years later...
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Olá,

Concordo plenamente com os comentários do nokPT acerca das considerações sobre a escolha de um PLC!

Discordo um pouco dos comentários acerca dos PLC da VIPA. Já os utilizo desde 2004 e utilizei todas as séries até a serie 300 SPEED7. Programei varios PLC (Siemens, mitsubishi, omron, ...) e de todos, a vipa pareceu-me a melhor relação qualidade/preço. As cartas não são infalíveis, mas tive mais  problemas com a Siemens do que com a VIPA (daí a mudança).

Cumprimentos,

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Discordo um pouco dos comentários acerca dos PLC da VIPA. Já os utilizo desde 2004 e utilizei todas as séries até a serie 300 SPEED7. Programei varios PLC (Siemens, mitsubishi, omron, ...) e de todos, a vipa pareceu-me a melhor relação qualidade/preço. As cartas não são infalíveis, mas tive mais  problemas com a Siemens do que com a VIPA (daí a mudança).

As opiniões são como as vaginas. Cada um tem a sua. Se até hoje não tiveste problemas com a VIPA, bom para ti. Eu até hoje só os vi instalados numa máquina logo não sei de problemas que eles possam ter. Mas relativamente à Siemens, houve "só" um problema com a velocidade de comunicacão de cartas Ethernet para a série 400. De resto, não tenho problemas nenhuns com eles.

Outra coisa importante a referir, dependendo do tamanho do projecto, é o número e tipos de comunicacões que os PLCs terão. Nalguns casos será mais prático usar Ethernet do que Profibus, etc...

De resto, acho que o nokPT esclareceu tudo. Resta-me uma dúvida ou achega relativamente às saídas/entradas digitais.

A Siemens também tem módulos de entrada/saída com 8 ou 16 IO. Não precisas de usar 32, no entanto, em termos de preco, o custo por IO será mais baixo com uma carta de 32. Julgo eu, não tenho precos que possa usar aqui para esta comparacão (a minha empresa consegue precos muito abaixo do que a Siemens faz à maior parte dos seus revendedores, logo não sei os precos normais de mercado). 

Logo, se não houver mesmo hipótese de reduzir de 32 para 33, será economicamente preferível comprar uma carta de 32 em vez de 8. Podes também comprar uma carta com 16 entradas e 16 saídas e resolveres a questão das reservas em ambos os campos.

Eu não sou apologista de usar percentagens para reservas. Deves sim garantir que, se precisares, a configuracão do autómato (e montagem no quadro eléctrico) pode ser alterada e mais cartas serem adicionadas.

Se quiseres, podemos também aprofundar um pouco mais e falar de PLCs redundantes e como deve ser feita a configuracão dos mesmos. Mas aí o custo já não é uma prioridade e o que é preciso ter em atencão é garantir que nenhum nós das IO distribuídas não tenha sensores duplicados.

include <ai se te avio>

Mãe () {

}

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...Se até hoje não tiveste problemas com a VIPA, bom para ti. Eu até hoje só os vi instalados numa máquina logo ...

Eu já vi montados em várias instalações, algumas delas, o cliente ao fim de algum tempo decidiu matar o autómato Vipa e montar um Siemens (não sei ao certo o motivo, mas não se mata um equipamento relativamente novo só porque sim)

...

Outra coisa importante a referir, dependendo do tamanho do projecto, é o número e tipos de comunicacões que os PLCs terão. Nalguns casos será mais prático usar Ethernet do que Profibus, etc...

...

A comunicações são uma grande maior valia da Siemens, e acho que a Vipa não tem isso. Consegues comunicar entre 2 autómatos Siemens de uma maneira muito simples e sem grande trabalho, só tens que dizer que DB queres ler e em que DB queres escrever... Podes usar estações remotas com IO para 2 CPUs diferentes (poupas hardware) podes usar um CPU inteiramente como Slave de outro CPU, podes usar IO de um CPU como IO de outro CPU, etc...

...

A Siemens também tem módulos de entrada/saída com 8 ou 16 IO. Não precisas de usar 32, no entanto, em termos de preco, o custo por IO será mais baixo com uma carta de 32. Julgo eu, não tenho precos que possa usar aqui para esta comparacão (a minha empresa consegue precos muito abaixo do que a Siemens faz à maior parte dos seus revendedores, logo não sei os precos normais de mercado). 

Logo, se não houver mesmo hipótese de reduzir de 32 para 33, será economicamente preferível comprar uma carta de 32 em vez de 8. Podes também comprar uma carta com 16 entradas e 16 saídas e resolveres a questão das reservas em ambos os campos.

...

Tens razão, também há cartas de 8, 16 e 64 pontos, e também há cartas mistas, no entanto na indústria o standard é 32 entradas ou 32 saídas, é standard e obrigatório.

Relativamente ao preço, 2 de 16 deve custar aproximadamente o mesmo que 1 de 32 (todos os fabricantes sabem fazer contas de matemática e ninguém dá nada a ninguém)…

Já 2 de 32 é mais barato que 1 de 64, no entanto o autómato fica maior, e todos os CPUs estão limitados em nº de cartas

Ricardo Timóteo

Posted

Tens razão, também há cartas de 8, 16 e 64 pontos, e também há cartas mistas, no entanto na indústria o standard é 32 entradas ou 32 saídas, é standard e obrigatório.

Que indústria é essa?

Não leves a mal perguntar, mas na indústria em que trabalhei em Portugal cheguei a ver cartas de 8 e 16 entradas/saídas. Ainda hoje vi umas quantas instaladas, mas não estou em Portugal ou a trabalhar para uma empresa nacional.

include <ai se te avio>

Mãe () {

}

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Que indústria é essa?

Não leves a mal perguntar, mas na indústria em que trabalhei em Portugal cheguei a ver cartas de 8 e 16 entradas/saídas. Ainda hoje vi umas quantas instaladas, mas não estou em Portugal ou a trabalhar para uma empresa nacional.

Tens razão, há industria e há industria.

A que estava a falar é de grandes empresas nacionais, nomes de referência para qualquer português.

Nessas indústrias (a sério), já tive que meter CPUs 315-2DP (com cartas de 32 pontos) para fazer coisas que fazia com um Logo ou com um S7-200...

Claramente sobre-dimensionado

Ricardo Timóteo

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Tens razão, há industria e há industria.

A que estava a falar é de grandes empresas nacionais, nomes de referência para qualquer português.

Nessas indústrias (a sério), já tive que meter CPUs 315-2DP (com cartas de 32 pontos) para fazer coisas que fazia com um Logo ou com um S7-200...

Claramente sobre-dimensionado

LOL Hoje tive de remover um LOGO duma máquina porque quem a desenhou achou que uma máquina controlada por um S7-300 precisava dum LOGO para ir alternando saídas de lubrificação.

include <ai se te avio>

Mãe () {

}

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LOL Hoje tive de remover um LOGO duma máquina porque quem a desenhou achou que uma máquina controlada por um S7-300 precisava dum LOGO para ir alternando saídas de lubrificação.

OK, mas o que estava a dizer, era:

Na empresa onde trabalhava, um dos projectos era uma máquina que era totalmente controlada por 1 LOGO e 1 Expansão (no total, tinha 12 entradas digitais e 8 saídas digitais).

Tínhamos (e há) centenas de máquinas a trabalhar com um Logo, naquele cliente, tivemos que meter o S7-300 e programa-lo para fazer o que o Logo fazia...

Ricardo Timóteo

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